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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Origem- Analise do filme Guerra do Fogo

O filme representa as origens do homem, origens essa que evoluiu paulatinamente chegando ao presente estagio da evolução humana. Ajuda-nos entender o porquê de “certas coisas”, quer entender alguma coisa, vá à raiz, origem, como queira para descobrir tais conseqüências.

Desde o inicio o homem ocupou espaço de destaque, diferindo-se dos animais. Porem as diferenças não param, o curioso é quando o homem se difere de si próprio, exatamente, quando descobre que existem grupos, e estes grupos possuem características variadas, características essas que podemos entender hoje como cultura.

É sob essa diferenciação de grupos baseado numa descoberta magnífica (o fogo) que o filme se desenvolve, nos dando uma lição de vida.

Desde que o homem é homem ele é movido a novas descobertas, tudo para que viva melhor, algumas descobertas acontecem por acaso, outras através de um raciocínio incumbido a ele.

O mais fascinante dessa história é ver que o homem da antiguidade e o homem dos dias atuais seguem o “mesmo” parâmetro, claro que cada qual em seu contexto e prioridades. No filme um grupo vai atrás do fogo e novas técnicas que são de manuseio de grupos mais evoluídos, atualmente as pessoas estão sempre atrás de especializações (faculdades, cursos, intercâmbios, estágios etc) que lhe proporcionarão novos saberes e conseqüente uma vida melhor, e onde buscam, em grupos mais evoluídos, grupos estes que contextualizados aos dias de hoje pode-se citar como exemplo os Estados Unidos, quantas pessoas sonham em estudar na “America”.

Importante observar a sociedade moderna e ver que o homem é um ser que produtivo, e toda produção por ele concebida gera traços e características culturais que constantemente se transformam e são mescladas. Como exemplo pode- se citar o Brasil e suas variedades de culturas geradas por pessoas de diferentes nações que aqui habitam. A tecnologia é fomentada dia-a-dia, fazendo com que o homem nunca se sinta satisfeito, sempre almejando maiores “facilidades”, assim como o homem primitivo.

O que vale ressaltar é a dinamicidade do saber humano através de sua origem e entender que este circula virtuoso do saber tende a não parar, a realidade humana não é fixa, a tendência é que a novidade de hoje seja diminuída pela novidade do amanha e assim sucessivamente.

Case Devassa Bem Loura

O grupo Schincariol com a missão de inserir uma nova cerveja no mercado (Devassa bem Loura) e deixar o regionalismo (Sudeste) onde a cerveja Devassa só era encontrada nos bares Devassa, baseou-se numa tática que deu o que falar.
Para que a tática obtivesse sucesso o planejamento começou a ser executado seis meses antes de alcançar seu publico. Desde o inicio o planejamento foi voltado à internet como mídia principal, e o curioso, este posicionamento partiu do anunciante e não da agencia, o que mostra a evolução do anunciante.

A utilização da internet nessa campanha foi tão madura, que houve todo um planejamento de mídia especialmente para esse meio: Adaptação do comercial, revisão do cronograma de mídia etc.

Começaram a campanha/tática com um teaser, mas ele devia ter uma força muito grande na televisão para atiçar a curiosidade do público. Nesse teaser, de 30 segundos que foi ao ar durante quatro dias no horário nobre da TV Globo, e na reta final do Big Brother Brasil 10, aparecia uma mulher muito sensual dançando em seu apartamento e sendo espiada pelas pessoas na rua. Mas era tão teaser que sequer dava a entender que era um filme de cerveja.

Ele aguçava a curiosidade das pessoas em querer saber quem era a mulher sensual, já que seu rosto não aparecia no filme e “convidava” aos telespectadores para ir ao hot site da campanha “www.bemmisteriosa.com.br”.

Nesse site, existia uma fechadura, que estava bem pequena. Essa fechadura ia se abrindo, para revelar quem era a tal mulher misteriosa de acordo com o número de tweets dos internautas com a hashtag #bemmisteriosa. Eles induziram os curiosos a divulgar a campanha, e quanto mais tweets, mais a fechadura se abria, revelando a mulher sensual.

O #bemmisteriosa entrou nos “Trendy Topics Brazil” (no twitter) nas primeiras 12 horas de divulgação da campanha na televisão, que é a maior prova de crossmidia que eles poderiam conseguir. O site não foi divulgado em nenhuma plataforma digital, apenas no teaser da televisão.

Após quatro dias de burburinho em torno da campanha e pessoas já irritadas querendo saber quem era a mulher misteriosa, divulgou-se então, Paris Hilton, a estrela da campanha Devassa. Uma escolha extremamente feliz da direção de arte, pois a figura da Paris Hilton foi muito bem aceita à proposta da campanha, devido ao seu conhecido comportamento pessoal extravagante.

Porem “imprevistos” acontece e logo a campanha foi alvo do Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) com dois processos. Um dos processos, que analisa a campanha como um todo, foi aberto depois de denúncia de consumidor que se sentiu atingido pelo que considerou desrespeito moral ao expor mulheres de maneira excessivamente sensual O outro foi aberto diretamente pelo Conar diz respeito à campanha na internet. Na avaliação inicial do conselho, a ação incentivava o consumo da cerveja, o que também é proibido pelo código.

Mas acontece que “aquilo” que poderia ser o fracasso da tática, não era “tão imprevisto” assim. A agencia já havia planejado uma possível “reclamação” devido ao forte apelo sensual da campanha e estavam preparados com um outro vídeo, sem as cenas sensuais de Paris Hilton e uma tarja preta que teve uma conotação bem irônica nos seios da boneca que ilustra o copo e o rótulo da Devassa.

O narrador desse novo comercial convidava os telespectadores que quisessem rever o antigo comercial, a acessarem o site da Devassa na internet, pois lá estava o conteúdo na íntegra.

A remoção do comercial em pleno auge da campanha só fez o burburinho em torno dela aumentar. Nessa mesma época, Paris Hilton veio ao Brasil para o camarote da Devassa no carnaval do Rio de Janeiro e que fortaleceu ainda mais a campanha e gerou uma quantidade enorme de mídia espontânea para a marca.

O que era pra ser uma punição acabou se tornando uma grande oportunidade, pois quem ainda não tinha visto o comercial na íntegra, ficou curioso e foi procurar na internet tornando este, um case de sucesso das mídias digitais.

“Pronto”, o mistério havia acabado, a punição do Conar já tinha ajudado ainda mais a elevar a marca e a missão alcançada, a Devassa que outrora era conhecida somente na região sudeste “agora” é conhecida nacionalmente.

Porem de nada adianta fazer sucesso e não fazer a manutenção do mesmo, começou então toda uma campanha normal, com revista, mídia digital “normal” (banners etc), rádio e televisão. Adjunto a manutenção agrega-se a visão que é “bater de frente” e partilhar do concorrido mercado nacional de cervejas, com concorrentes de peso, tal como, Brahma, Skol e Antártica, porem com a vantagem de contar com três marcas: a Nova Schin, Cintra e Devassa.

Parecer Critico

Com certeza foi um dos melhores cases já visto no Brasil, todo planejamento muito detalhado, tal como, a previsão dos processos do Conar, a inteligência em usar a rede social (twitter) na “dosagem” certa. Não só o twitter, mas todas as mídias usadas foram cuidadosamente equilibradas, não se tornando repetitiva e cansativa ao publico, mas sim gerando curiosidade e principalmente a interatividade com o publico, o que é indispensável para que se alcance um objetivo em comunicação.

De concreto é que se sabe é que em 2010 a Devassa pretende repetir o sucesso de 2009 em crescimento, nenhum numero foi divulgado, mais afirma ter crescido dois dígitos.

Foi um conjunto de alto investimento em marketing e propaganda, planejamento e criatividade, fazendo com que tudo parecesse simples porem muitos disseram “como não pensei nisso” a famosa inveja saudável, e o melhor, tática bem sucedida, missão cumprida e visão no caminho certo.

O bem feito soa extravagante

É bem verdade que se formos parar e pensar, deixando de lado todo nosso lado emocional, se tornando totalmente racional chegaremos ao senso comum de que a linguagem publicitária realmente é um tanto quanto extravagante, hiperbólica dentre outros adjetivos que podem soar como sinônimo. Mais quem foi que disse que só de racionalidade se forma o intelecto humano, viva as emoções, como diria o rei Roberto Carlos numa de suas canções “se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi”.


O problema é que no embalo deste grande segmento que é a publicidade, algumas pessoas tentam pegar carona na repercussão alheia e fazem criticas de forma exagerada, assim como o egocêntrico autor, Oliviero Toscani que diz em seu livro “[...] A publicidade é um cadáver perfumado. Sempre se diz a respeito dos defuntos: ‘Ele está bem-conservado, parece até que sorri”.

Ora, o engenheiro executa seu trabalho perfeitamente, elabora construções esplendidas, o médico salva vidas, tal como outras profissões, porque não soa extravagante, estão no exercício de sua profissão e querem fazer o melhor de si, tal como o publicitário.

Cada segmento profissional faz uso de suas técnicas e habilidades, o objetivo do publicitário é divulgar um produto/serviço/marca através de técnicas que demonstrem que o produto “A” tem algumas vantagens que o produto “B” não tem, isso não é crime.

Vivemos numa sociedade capitalista, e as pessoas têm a necessidade de comprar incutida em sua formação, quem disse que o “mundo” capitalista é lindo, mais já que estamos inclusos nele, temos que nos adequar ao sistema, cada qual na sua individualidade estipulando um foco e limites para que tenhamos uma vida agradável.

Fico a pensar se a linguagem publicitária fosse simples, ou seja, apresentando apenas a informação nua e crua, o que diriam os críticos, talvez dissessem “A publicidade é uma profissão marginalizada, não existe qualidade no serviço destes profissionais”.

Quando vemos a propaganda de um produto, onde são destrinchadas todas as suas qualidades, não entenda como enganação, ou como dizem por aí “publicidade enganosa”, nada mais que um processo, onde o “anunciante” investiu em matéria-prima, mão de obra de um produto que a sociedade necessita, sendo assim, o anunciante necessita dizer que tem este produto, mais não basta dizer, tem que saber como dizer, ai entra o trabalho dos “malvados” publicitários que dirão tudo de forma eficaz. Tudo bem, Red Bull não te dará asas, deixe de dormir e fique a base de energéticos, e você verá que nenhum energético substitui um bom sono, porém naqueles dias onde você não dormiu o necessário o Red Bull pode estimular o teu organismo, fazendo com que você se sinta melhor. Diriam os críticos neste caso “onde entram as asas anunciadas no produto”, ora, isso é subestimar a inteligência das pessoas.

A base de tudo na vida é o respeito, quando a critica, que seja construtiva, de forma que venha acrescentar algo, sempre com uma postura integra e ética, com embasamentos fortes capaz de ser sustentado quando questionado, a publicidade como todas as outras profissões requer empenho e dedicação, sendo assim, deixemos de ser hipócritas e sejamos autênticos.